quarta-feira, maio 28, 2003

Gosto de entrar no banheiro da firma e observar o Guaíba. Principalmente à tarde, com o sol dourando-o. Sempre penso a mesma coisa quando olho: a água está sempre correndo, andando, em movimento. Nuca fica parada, está sempre passando. E isso me conforta.
Amanhã será devidamente entregue o kit. Estão duvidando que isso acontecerá. Pobrezinho.
Evolua
Hoje acordei bem melhor. O pensamento para levantar da cama foi de yôgue: evolua, você pode. Sim, se posso colocar a cabeça no joelho com a perna estendida, posso o que quiser. Isso me fez bem, cheguei até com cara de quem viu algo bom, segundo alguns. O problema é que um sorriso e um “oi” (só pra provar para mim que não estão fugindo de mim como o diabo da cruz) fizeram com que eu me traísse. E um nó imenso, do tamanho de uma solitária, tomou conta do meu estômago e esôfago. Que droga.

terça-feira, maio 27, 2003

Hoje o alvo continuou desviando forte, mas resolveu dar um sinal de vida com um e-mail. Vou retorná-lo, é claro. Mas já me deram aval que está excelente, saindo por cima, em cima do salto. Como é inerente à uma Bridget (até parece). E hoje, a mulher besta continua montada. Impecável.
Só ia contar com a foto devidamente postada, mas a mais nova membra da família, é Twiggy: SRD de 3 meses, amarela e branca. Muito fofa, devidademente adotada na ONG Protetores Voluntários, no último dia 25/05.
Alvo móvel
Definitivamente não é nada bom quando a mulher, bicho besta, como todos bem sabem, se monta toda, de olho num único alvo. Todos reparam, elogiam e ficam abismados. Até desconhecidos na rua reparam. A tapada nem nota. Seu amigo gay tem de cutucá-la e avisar, mas é tarde demais o bonitão já passou e ela respondeu pro gay: “ahn, o que foi?”… Ele explica. Ela responde: “Ah, não vi. Aposto que era um monstro”. Não, não era, mas já foi. Bom, voltando ao alvo. Não é que o medo e a vergonha são tantos que ele desvia da mulher besta como o diabo da cruz? Dá voltas e voltas para ir tomar um café, mas se recusa a passar na frente dela. Grrrr. Pode? Ah, pode.

sexta-feira, maio 23, 2003

Não será o open-house oficial do meu cafofo, mas hoje teremos a noite Sex and the City, com direito a jantar… uma coisa meio clube da Luluzinha: Su, Dani, Nei e eu. É, clube da Luluzinha. Todas as roupas devidamente entulhadas dentro do armário.
Vocês sabem que vim nesta vida a passeio. Mas não tá parecendo. Ontem fui fazer compras depois de 15 dias a pão (bolacha) e água. A aranha se demitiu da minha geladeira e acabei com o estoque de atum e milho em latas e de miojo. Bom, fui às compras. Carrinho cheio de tudo o que preciso (queijos, requeijão – básicoooo -, iogurtes, leite, tomates e alface amaericano, etc) e as besteiras para o evento de hoje. Carrinho lotado mesmo. Pensei até em abandoná-lo no meio do caminho de preguiça.
Bravamente fui até o fim. Tive até de usar o pobre garoto que sempre se oferece para ajudar a colocar as coisas no carro e eu declino.
A caminho de casa, cruzo a Cristovão Colombo para fazer a volta e poder entra na minha rua. Epa… tudo muito escuro. Breu total. Começo a suar, pensar na chuva forte e a rezar para que estivesse com luz do meu lado da rua. Não. O posto de gasolina estava às escuras. Começo a chorar, sem crer naquilo e falo com Deus. Como ele pode deixar que essas coisas acontecem comigo, sozinha, abandonada em Porto Alegre. Choro – a essa altura já não sei bem se choro porque falta luz, se é porque ninguém me ama, ninguém me quer ou se é porque eu tinha pressentido que deveria deixar o carrinho lotado no meio do caminho. O fato é que choro e buzino para o porteiro abrir o portão (que é elétrico). E continuo chorando. Paro para gritar muito forte dentro do carro. Levo um susto e o porteiro outro. Buá, aí começo a chorar de novo porque o porteiro (justamente o que eu menos gosto) me viu gritando. Mereço? Não. Entro na minha vaga maldita. E ainda tenho de chorar dentro do carro, pensando em como tirar as 356 sacolas do porta-malas e levá-las para dentro de casa. Penso em tirar apenas o que for de geladeira (ou seja, boa parte). Mas é impossível. A escuridão impede. Resumo da ópera: não fui à academia. Perdi a aula de local, mas fiz 4 viagens até perto do elevador (para deixar as coisas no coberto), peguei uma chuva bem forte no cocoroco e fiz 8 viagens escada acima-escada abaixo com as sacolas. É.
Ainda sobre Carrie Bradshaw e tchurma: Elas praticam a mesma yôga que eu. Ela é viciada em sapatos como eu. Ela é ainda pior, calça pares de US$ 400 – ainda não cheguei nesse patamar. E Miranda, apesar de feia – meio homenzinho, teve, quando criança, um cão chamado Pepper. Meigo né? Elas já leram as 35 Regras (esse eu tenho, trouxe até para cá, mas não tenho coragem de ler. Apenas folheio sorrateiramente, com medo de que alguém veja). Charlotte já se envolveu com um artista jewish ortodoxo. Eu com góis…
O que é a cultura de um povo, não?
Soube recentemente, por uma amiga gaúcha, que quebrei regras na firma ao beber meus vários litros de água no gargalo de simpáticas garrafinhas de 500 ml. Exatamente como faço quando assalto a geladeira em busca de exemplares de água com bolotas. É. Soube que ninguém ousava fazer isso. Todos enchem suas garrafinhas de Charrua, Sarandi, Fratelli Vita ou da Fonte e depois bebem aos poucos o conteúdo em copinhos de plástico. Mas soube também que rompi barreiras assim e tornei o ato uma coisa muito sexy. Capaz até de conquistas (tá, já foram e passaram, but…. Não deixam de ser…).

quarta-feira, maio 21, 2003

Na cabeceira agora: Melância, Anotações durante o incêndio e As pernas de Ursula.
Para os curiosos: a matéria deve sair no próximo domingo.
Um pouco de Curitibanos. Um lixo: hotel com goteiras nojentas no banheiro. Eca. Manja banho de gato? O meu foi assim.
Assunto de Meninas. Punk.
Já conheço Canoas. Já me perdi em Canoas…. Uma beleza. Mas foi bem divertido o dia (domingo) a bordo da doida da S. (Não vamos citar nomes, porque vai que ela não gosta…). Como perder um homem em dez dias…. Nem se fale. Nos primeiros 5 minutos de filme eu não sabia se chorava, se ria ou se chorava e ria. Muito bom, previsível como sempre, mas ótimo.
Carrie Bradshaw tupiniquim
Estou me sentindo a própria. Preciso-tenho-de-ter um notebook. Se tivesse seria capaz de grandes construções de colunas como a de Carrie. Altamente inspirada. (Bom, pelo menos serviu para fazer um bom texto, até divertidinho para uma matéria sobre uma cidade insossa em Santa Catarina, sim estive lá na segunda e terça – Pelo menos deu pra passar 2 horas de frente pro mar na Joaquina comendo camarão, apesar de a cabeça estar longe).

Explique: como consegui viver tanto tempo sem conhecer as 4 nova-iorquinas de Sex and the City, hein?

sexta-feira, maio 16, 2003

Uma amiga minha está fazendo um blog sobre os preparativos para GD (Grande Dia). Vai ter até La vien rose (se os vendendores de CD ajudarem) na trilha. Mas num posso linkar. Ela não quer urubus voando lá por cima. mas que eu me divirto, ah me divirto.
Tratem de, no próximo domingo (muito provavelmente), comprarem o Zero Hora para me encontrar no caderno Donna. Com foto e tudo.
L'amour est un oiseau rebelle
que nul ne peut apprivoiser
et c'est bien en vain qu'on l'appelle
s'il lui convient de refuser.

(O amor é um pássaro rebelde
que ninguém pode aprisionar,
de nada serve chamá-lo
pois só vem quando quer).

Início de uma das árias (Habanera) da Carmem, Bizet.
Uma das coisas que só ele conhece.
Antes eu pudesse chamar de canalha. Isso é muito ruim. Muito ruim.
Assistam O Novato.
Pelo menos faço alguma coisa bem feita nessa vida, segundo o meu irmão: o blog. Isso porque eu nem sabia que ele lia e se divertia com a minha vida de Bridget-Becky.
Estou melhor do que todos vcs de SP podem imaginar. Venho trabalhar todos os dias de olhinho feito. Não estou saltitante, sim, estou triste. Mas indo. Bem desconcentrada, mas indo.
Assalto
Sabiam que assalto a geladeira de madrugada? Desde que me mudei para POA, há 8 meses, sou uma contumaz assaltante de garrafinhas de água com bolota gelada da face da terra. E não adianta deixar do lado da cama já antes de dormir. Tenho de acordar, sentir vontade, sede e ir, andando, cambaleando até a geladeira…. Abri-la, levar um susto por causa da luz.. pegar um exemplar e tomar, bem pouquinho. Voltar para cama com a dita, e ir acordando aos poucos durante a noite para beber mais.

segunda-feira, maio 12, 2003

Acho que eu consegui na gambiarra....
Alguém pode me ajudar com isso aqui? Plizzzz
Humpf. Perdi os comentários sagazes...
Tive de zerar o template. Pra melhorar meu humor, algum diabinho engraçadinho resolveu ferrar tudo por aqui. Mas deixei devidamente salvo o outro, para aos poucos voltar ao normal. Exceto se alguma boa alma quiser criar um template bem Bridget pra mim. Voluntários: contato pelo alessandra_ber@uol.com.br.

domingo, maio 11, 2003

Teste
"Agora eu funciono em duas graduações: quando ele está comigo e quando ele não está.
Quando André está comigo parece que é sempre Natal. Primeiro porque ele chega cheio de presentes e eu espero com muitos outros. É aquela fase da paixão em que amar é pouco, quem que fazer dívidas, abrir contas, inaugurar carnês. Segundo, porque André sempre me encontra de roupa nova e perfume atrás da orelha. Terceiro poque quando os beijos dele começam e os abraços não terminam, eu tenho a certeza de estar sendo recompensada por ser uma boa menina.Mas na maior parte do tempo ele não está comigo. E aí quem fica feliz é o meu chefe.
Sem André eu não quero sair, não quero cinema, não quero ler, não quero banho, nada disso. resta trabalhar e eu me mudo para o jornal. Cehgo a passar noites inteiras acompanhando uma chacina só para me distrair.
Hoje não vai ter jeito, minha melhor amiga está de aniversário (parenteses meus: pros off-POA - lá quem faz aniversário está de aniversário) e eu sou obrigada a ir. Compro um livro da lista dos mais vendidos e bato na porta dela.
Sem banho."

Essa é Maria Ana, contando um trecho de seu quase amor número 8.
Só consigo ser perversinha com quem não me interessa.
E tenho de confessar mais uma vez. Vou ler o livro novo do Paulo Coelho. Na andança pela livraria abri em dois trechos que citam o que exatamente me questiono agora: ir de cabeça ou ser fria, calculista, perversinha e não estar ai? Esquece. Vou ler, mas irei sempre de cabeça. Desculpe, mas não sou de gelo.
Pra melhorar tudo, depois de dormir a uma da manhã na sexta-feira (A Losane me carregou pra jantar para eu não chorar, mas vocês me conhecem... restaurante não é sinônimo de inibição pra mim), acordei às 5h30 para pegar o vôo das 7h para SP (sim, eu mudei de sexta para sábado porque o moço ia jantar em casa na sexta). Tá, cheguei às 6h15 no Salgado Filho. E daí? Não dava pra enxergar um palmo na frente do nariz. Ah... vôo cancelado e aeroporto fechadinho. Encaixe no vôo das 9h. Bom, né? Ah... claro, vôo previsto depois da abertura do tempo para às 11h40. Que tal? Tempo suficiente para cortar os pulsos e encarnar de novo a rena do nariz vermelho. Depois de adquiridas a Estilo, a Cláudia (com uma matéria sobre solteiras por opção, com moças bonitas da minha faixa etária), o Topless - da Marta Medeiros (que não li), resolvi dar mais uma voltinha pela livraria. Encontrei o que queria: Claudia Tajes e seu Dez (quase) amores. Pensei: ou me afundo de vez ou vejo que não sou a única Bridget do mundo. Respirei, li a contracapa assinada pela Marta Medeiros. li de novo o mesmo texto da contra na orelha. Vi o preço: R$ 21,80. Nada de outro mundo. Comprei. E comecei a ler na seqüência. Devorei, mesmo porque eu não tinha fones de ouvido para ver o Estilo TAM e não estava a fim de conversa com ninguém, nem para pedi-los. Cheguei a São Paulo a uma página do fim. Muitas risadas e auto-reconhecimentos depois. Eu também sou Maria Ana. Alívio, sentada ao lado de um representante gordo da Miolo e uma enfermeira diretora de hospita que lia a notícia sobre o avião que ficou sem porta exatamente na decolagem. Ah, e antes disso, o gordo ainda me cutucou na coxa umas 3 vezes pensando que talvez eu fosse seu cinto de segurança.
E meu humor está péssimo hoje. Ontem estava até melhorzinho, mesmo com a vontade vai-e-vem de chorar a qualquer momento em qualquer lugar..
Tá, vocês vão dizer que eu já sabia da possibilidade. Sim, já sabia porque no domingo passado já houve uma prévia. Toda muito explicada. O fato é que eu tinha usado da persuasão e tinha aparentemente funcionado. Mas por que no meio do caminho resolveu aparecer uma ex-noiva numa festa de amigo em comum? Por que não apareceu só uma pedra no meio do caminho, hein?

Eu me pergunto? Por que sempre as minhas histórias ficam só nos (quase) amores? Já que sou tão "100% como mulher", "um outro quilate de pessoa", "dedicada e não pega no pé, não cobra", enfim.. "a pessoa certa na hora errada"... nunca fico com alguém, hein???
Sou passional. E daí?
Sim, sou passional, com direito a tango e tudo. Quem não gostar... foda-se. Adoro amar, como disse a ele outro dia. Sim, amar é muito bom. Gostar, estar, abraçar. E não adianta, acho que vale a pena pagar pra ver, se aprofundar e ver no que vai dar. Gosto de histórias que começam meio como conto de fadas. Mas odeio quando elas acabam como mais essa terminou porque o moço resolveu que não estava bem consigo mesmo e, de uma hora pra outra, resolveu puxar o freio de mão. Exatamente 1 mês e uma semana após começar. E o pior sem ter um pingo para falar mal do moço. Honesto desde o início, sendo que poderia muito bem ter desaparecido sem deixar rastros. Tô um caquinho e fico assim porque acho que vale sofrer por gostar. Tudo levar a aprender. Óbvio sofro, mas estou me segurando, mesmo porque estou em SP. Quero só ver quando estiver naquela terra fria sozinha em casa. Já chorei tudo o que podia lá. E o que não podia.

Chorei no banheiro do banco. Sim, bem drama queen. Chutei azulejo e fiquei com nariz de rena vermelha. Fo-da-se! Não sou de gelo e me entrego. Dou meus sentimentos de presente. Errado? Não sei. O fato é que não consegui entregar o kit.

sábado, maio 10, 2003

Crying... mais tarde
É incrível. Tenho notícias. Mais tarde conto. Para poder chorar de madrugada.

quarta-feira, maio 07, 2003

O engraçado é que eu acho que sei o que devo fazer. Algo meio magnânimo. Mas não estou conseguindo. Como digo, mul;é é um bicho burro. Apaixonada então... mais ainda.
Minha situação emocional de hoje não está me permitindo esse luxo. Ah, além disso, fui intimada a comparecer na Receita. Sim, ainda sobre o IR de 2000, do qual espero ansiosamente minha restiuição. Sim, os putos da empresa em que trabalhei na época (vou poupar de anunciar nomes) não pagou as coisas direitinho e por isso eu dancei por 3 anos e ainda vou ter de achar todos os holerites de lá. Essa será a parte mais difícil, com certeza. E ainda terei de fazer uma procuração pro papi.
Prometo, pliz... não coloquem minha potatoe pra assar. Vou atualizar isso aqui como gente. I promess.
Isso porque era pra ser tudodibom, principalmente pelo modo delicioso como começou.
Depois volto com novidades do front. Sim, em todos os sentidos está sendo uma batalha.
Já fui e voltei de SP e vou de novo para o dia das mães. Tudo indo médio por aqui. Tive de abusar do poder de persuasão. Mas o medo é tanto que acho que não deixarão que funcione mesmo. Mas nada que um kit destemido não resolva.
Notas rápidas
Assisti Encontro de Amor. Deliciosamente previsível e doce... como eu gosto. E pela primeira vez vi legenda regionalizada. É. Em vez de meninas, era gurias...