sexta-feira, julho 18, 2003

Há sempre uma primeira vez para tudo nessa vida (sempre digo…)
Desde que me mudei do flat para o apartamento fico me lembrando mentalmente que a minha porta trava por for a mesmo sem eu estar com a chave. Ou seja, me condicionava a nunca esquecê-la do lado de dentro. E hoje, finalmente, aconteceu. Esqueci a chave do lado de dentro. Foi uma microfração de milésimo de segundo. Percebi que estava apenas com o macaco-chaveiro na mão (ou seja, a chave do carro) e que a estrela-chaveiro-de-perua tinha ficado do lado oposto. Mas foi tão rápido que não deu tempo. Poft. E lá fechou a porta na minha cara. Sai em busca de chaveiros. Tenho dois a menos de um quarteirão de casa, mas nenhum estava naquelas cabininhas fétidas e horríveis, com o texto faz-se chaves e amola-se facas e tesouras escritos muito nas coxas. Um deles chegou. Fomos até a tal porta. Chegou, abriu sua mala cheia de tranqueiras (inúteis no meu ponto de vista), desatarrachou os parafusos do espelho da fechadura, tentou e tal… “Ah, tenho de ir pegar os grampos.” Voltou com um ajudante.
O cara, que tinha uma mala muito mais organizada e menos suja, colocou o espelho no lugar, pegou um tipo de cartão telefônico de metal muuuuuito amassado, passou entre o batente e a porta e vapt… Abriu. Os R$ 20 ganhos mais facilmente na face da Terra e a constatação de que arrombar a minha porta é muito simples. Eu devia ter tentado antes com o cartão de crédito.

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