terça-feira, agosto 24, 2004

Da sina à redenção

Da sina à redenção
Falaria apenas sobre a mulher que, com certeza, nasceu com a sina de perder um marido (sim, quase uns 30 anos mais velho que ela) e um namorado. O que na linguagem chula seria a conhecida viúva negra. Tétrico. Triste. Mas tenho de falar da redenção. A redenção de quatro nova-iorquinas. Aliás, o último capítulo de Sex and the City tinha de levar esse nome. Acompanho a série pelo DVD. Ou seja, vi o último episódio, mas oficialmente estou apenas na 5ª temporada. Então ficou um vácuo de informações, eventualmente preenchido com informações de sites, jornais (cadernos de TV) e revistas de fofoca. Já sabia do câncer da Samantha, que a Charlotte virava jew e patati patatá. Mas foi legal ver, bem ao sabor dos filmes Mag Ryan (sim, todos são lindos, elegantes até no mais casual dos trajes e todos encontram a cara-metade) o último capítulo. Dá uma esperançazinha, bem Meg Ryan, de que todos temos nossa redenção. Bem como aquela frase (é mais ou menos assim): se ainda não terminou bem é porque não chegou ao fim. Carrie encontrou o amor. Ficou com o gostoso, sexy, narigudo e sobrancelhudo do Big. Samantha descobriu que amar não a impede de ser ninfomaníaca. Miranda se redimiu e viu que demonstrar algum sentimento não a diminuiria na sua condição de mulher-hominho, altamente racional, workaholic. Charlotte viu que podia ser racional: não deu um chilique ao saber que os pais não dariam o baby. Tudo muito meigo, entre manolos blahniks, roupas casuais – de ficar em casa – Ralph Lauren, saias de tule rodadas, saltos altos. Mas sem deixar de lado os pezinhos de galinha. Façam um mini-flashback (diria a Vani): todas apareceram meio envelhecidas. A Charlotte sorriu e as ruguinhas surgiram, tal como a Carrie. A Miranda terminou até numa casa, bem família, mãezona. Não foi um episódio normal. Realmente, não foi. Sem as tiradinhas irônicas e hilárias (piadas internas para mulherzinhas, é verdade), substituídas por eventuais vontadinhas de deixar rolar uma lagriminha. E ainda por cima menos normal porque até o Big ganhou nome: um singelo John.

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