quarta-feira, março 22, 2006

18B
Ontem passei o dia em Brasília. Almoço com coleguinhas... Business. Na volta, avião da Varig com uns 40% de ocupação... Aos 30 minutos da espera dentro da aeronave eu já estava babando. Calor, ar-condicionado parado e partida do motor quebrada. O piloto jura que vai tentar no manual e vai para a cabeceira da pista. Avisa isso enquanto eu limpo a baba que escorreu na minha mão na manga do meu casaco (era isso ou limpar na capa da Ícaro). Calor aumenta. Um passageiro se rebela com muitos palavrões. Outros se agitam. Uns 20 levantam. O piloto ameaça chamar a PF. Diz que se abrir a porta para refrescar os passageiros não pode tentar dar a partida. Eis que um dos passageiros é piloto de Boeing e resolve descer. Hun... depois da dúvida, é melhor acompanhar a movimentação do expert. Segundo ele, o avião tem mais de um problema, pois o problema no motor não tem nenhuma relação com o ar-condicionado. Muitos descem. Minha dúvida é: será que serei um daqueles casos que "óh, senti uma premonição e desci do avião que caiu" ou daqueles "ela estava em outro vôo com defeito, mas optou por trocar pela aeronave que sofreu pane horas depois". Mas ok, espírito de equipe. Todos trocaram de vôo. Fiquei mais tranqüila quando vi o meu assento: 18B. Para os leigos, 18 na simbologia hebraica significa "vida" (chai - lê-se rrái), por ser a soma das letras Rrêt e Iud. Ufa... e um mini-rabino ainda embarcou no mesmo vôo. Como na minha equipe há um ancião de uma igreja, estava tudo certo. D´us olhava por todos. O problema era o B do meu assento. B de quê? B de borrada. B que só passou quando o avião pousou em SP.

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