domingo, maio 14, 2006

Eu quis me jogar da cobertura do Unique. Leia-se Skye
Quem conhece um pouco das tradições judaicas já deve ter ouvido falar sobre a freqüência e não-anormalidade dos blind-dates. Em idíshe, a tarefa das apresentações fica por conta da shatchente - (uma vez vez numa festa de fim de ano da escola, a pça era O Violinista no Telhado e qual não foi o meu papel senão o de shatchente, casamenteira). Pois bem... fazia tempo que não caia em tal cilada. Mas, mais uma vez, feito patinho bobo, cai. De cara, no telefone, o indíviduo não falava. Já alimentou meu ódio. Ainda assim me produzi - com muita MAC - e fui. O encontro foi no Shopping Morumbi. Sim, atravessei o mundo para isso. Deixei o meu carro lá (sabia que daria merda deixar o carro lá) e encontrei com o indivíduo. Quando o vi quase perguntei se ele tinha certeza mesmo que tinha só 31 anos e não uns 42. Mas lembrei que minha mãe me ensinou a ser educada. Principalmente com os idosos. Pois bem, ele sugeriu irmos ao Skye. Achei a escolha interessante apesar de já ter me arrependido muito da minha produção e o salto altíssimo. Ok... Voz ativa, o cara tinha zero. Vinho, ele só gosta de branco e tomou Coca Light. Quase chorei. Para não ficar tão chato porque tinha muita gente perto percebendo minha cara de ódio, encarnei a jornalista ainda que em férias e perguntei minúcias até dos cadáveres da faculdade de Medicina. E fiz até a perguntana qual ele nunca havia pensado: depois de um ano nas mãos dos estudantes, os cadáveres são enterrados onde? Em Perus? Ele disse que foi uma boa pergunta mas que nunca tinha pensado nisso. Que ódio... odeio pessoas com zero de curiosidade. Bom, a noite só ficou divetida quando o quarentão charmoso sentado na minha frente (ao lado da devida namorada com cara de Carrie, a estranha) passou a não mais tirar os olhos de mim. Ele notou inclusive as minhas caretas (quem me conhece sabe da minha capacidade de fazer muitas caretas em poucos segundos) em desaprovação às quase nulas ações do indivíduo ao meu lado. Pois bem... aguentei até que algumas horas (tive até de fingir que não vi uma pessoa conhecida lá para não passar vergonha) e pedi água às 00:20 minutos. Ufa. E notem, eu já estava na cara do gol, no Ibirapuera, meio caminho andado para Caetano City... mas tive de voltar até o Morumbi para buscar meu carro no shopping, depois de esperar o segurança atestando que o bichinho estava realmente estacionado lá. E para completar, peguei congestionamento (!) na Bandeirantes. Alguma obra desgraçada...

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