sábado, novembro 22, 2003

E já estou em São Paulo. E hoje me irritei nem bem tinha deixado o avião. Saquei meu celular dentro do ônibus que leva ao saguão. Dei as coordenadas para a minha prima que ia me buscar. Eis que no meio da conversa ouço um véio fela da puta dizendo (bem alto): "Tem gente que parece que não sabe que não pode falar no celular antes de chegar ao saguão". Continuei conversando e só dei uma famosa olhadela com a sobrancelha levantada. Terminei a conversa com direito a beijinho e tudo. E disse:
"Quem queria falar comigo?"

"Eu", respondeu o escroto. "É proibido falar no celular."

"Se eu posso falar enquanto estou no avião de portas abertas, também posso falar aqui. Aliás, já é tão difícil cuidar da própria vida, para que cuidar da vida dos outros também?"
E me virei, com a sobrancelha ainda levantada. E com o ônibus inteiro olhando para minha cara. Mas sabe que essa resposta é uma resposta a base de remédios. A minha resposta típica teria sido: Vai se fuder, velho metido. Vai cuidar da sua vida. E é claro, tudo isso aos gritos.
Fiquei irritada. Esse meu estado zen está tirando o meu power. Bem como Sansão sem seus cabelos, manja?
E para continuar, enquanto esperava minha prima no local combinado, uns 200 taxistas passavam e davam farol alto (do tipo: vai um táxi ai, neném...?)
Eu me senti a própria prostituta sendo assediada nas imaediações da Farrapos (para os paulistas, algo como imediações da estação da Luz ou outro antro de baixo meretrício). Grrr.

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