Quando bate o pânico
Você já está há um mês e três dias sem um único grão de cevada no sangue. Chocolate é coisa de cometa, do tipo que aparece de 76 em 76 anos. O sabor você já não mais imagina. OK. Tudo por 20 quilos a menos. Ok, você só emagreceu cinco. E você está na TPM, ou seja, você ficará inchada como uma jabuticaba. Evocê descobre que seu remédio acabou. Só sobrou o algodão de proteção pra contar história. Então, você decide que é hora de largar a mão de ser mesquinha, tentando adiar a consulta no médico marajá, e resolve ligar. E aí você entra em pânico: a próxima consulta é para 22/11. Um horário mais conveniente - tipo 14h30 (isso, segundo a recepcionista é no fim da tarde (?!) - tá o médico deve estar boiando em dinheiro com a facada que dá nos pobres gordinhos em busca da maravilha ortomolecular) - só no dia 23. No começo da manhã? Ah... só no dia 29. Que tal? Você marca mesmo no dia 22, inventará provavelmente que quebrou o dedinho do pé para poder sair lépida e faceira nesse horário do trampo e gastará provavelmente mais dinheiros. Isso tudo não merecia uma lata de Leite Moça? Merecia, mas eu fui apenas em busca de um Del Valle Light de uva, uma garrafa de água com bolota e um Trident de hortelã. (Sabe aquela história de: não fumo, não bebo, não transo, então morri???? É mais ou menos a mesma coisa)
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