Hoje adotei unhas vermelhas sangue nos pés. Adorei. E via-láctea nas mãos. Vai entender a doida?
sábado, agosto 28, 2004
Tenho uma lista de coisas das quais sentirei falta em Porto. Dos amigos nem vale falar: são o ar que respiro. Mas tem a torta de sorvete (inigualável), o pôr do sol que vejo da janela da firma, a Balonê e pasmem: a sensação de ser vigiada. Sim, aqui eu - que conheço pouca gente - sempre encontro pelo menos uma pessoa conhecida em qualquer lugar que eu vá. Isso me dá fobia - por exemplo, imagine dar de cara com sua psicóloga na night?. Mas ao mesmo tempo é interessantíssimo. Por exemplo: você janta com seu amigo, toma uma água na seqüência com outra amiga e leva o amigo para casa. No caminho vê gente conhecida saindo de um lugar legal. Dá meia volta para dar uma de espiã. E assim, em Porto, você pode encontrar fulano ou sicrano no almoço ou no ponto de drogas mais trash da cidade. Que fique claro: óbvio que dei minhas voltinhas de carro para ver o rumo da figura. Não fui comprar drogas. Tem coisas que o dinheiro não compra. Para algumas outras, só Porto tem.
Do Gum ao Venezianos
Transito em vários meios. Terça-feira o bicho pega no Gum. Local feio, que quando conheci era frequentado apenas por alternativos da Cidade Baixa e gays. Comida boa (a pizza em quadradinhos e o pão - uma delícia este). Bom, como a opção é escassa, foi descoberto por Patrícias e Maurícios. E terça-feira é o dia. Já fui de sexta e o resultado: só muléres para todos os lados - furiosas, quase se engalfinhando para atrair os escassos machos que transitavam por lá. A caipirinha é péssima. O dry martini, nem se fale (eu bem que avisei para a amiga não pedir drinks que não constem da rala carta de bebidas). Tivemos de sair em busca de glicose, lá na Tortaria (extremo oposto da cidade: no núcleo da novela composto por Patys e Maurícios em habitat natural). Bom, mas voltando: na terça estava lotado de homem bonito. E Patys loiras, muitas. Elas sairam do trabalho, foram para casa tomar banho - e banho de base na cara - e se arrumaram propositalmente desarrumadas para caçar. Lotado, sem chances de mesa e nem de espaço para o cotovelo no balcão. Uma taça de vinho após, e o rumo foi o supermercado (é, minha amiga adoro o supermercado para paquerar. Tarde da noite. Confesso que não achei graça alguma). Tá, mas daí que no dia seguinte vou a Venezianos. Na mesma Cidade Baixa. Para homos. Um lugar que fica lo-ta-do. Você entra, com sua roupa de trabalho e as bichas te olham de cima para baixo, com aquele olhar mais maldoso, avaliando o cabelo, o shape e o sapato. Hun, sei. E para perder o costume, mesmo acompanhada de seu amigo gay, você olha para cada homem (na concepção semântica da palavra) que passa. Vários valem a pena. Mas você se lembra que se eles te olham é porque não aprovaram a sua camisa. Você vai ao banheiro e a tampa está levantada. Você não ousa abaixar para não mudar o status quo do lugar. Mas pensa que esse seria o único banheiro da cidade no qual você poderia fazer xixi de pé na night sem problemas. Bom, mas por que fui ao Venezianos? Meu amigo é habitué e me apresentou aos deliciosos risotos da casa. Um dos melhores lugares para se jantar: comida boa, barata, atendimento mais que atencioso e com direito à dona perguntando se estava tudo ok.
Transito em vários meios. Terça-feira o bicho pega no Gum. Local feio, que quando conheci era frequentado apenas por alternativos da Cidade Baixa e gays. Comida boa (a pizza em quadradinhos e o pão - uma delícia este). Bom, como a opção é escassa, foi descoberto por Patrícias e Maurícios. E terça-feira é o dia. Já fui de sexta e o resultado: só muléres para todos os lados - furiosas, quase se engalfinhando para atrair os escassos machos que transitavam por lá. A caipirinha é péssima. O dry martini, nem se fale (eu bem que avisei para a amiga não pedir drinks que não constem da rala carta de bebidas). Tivemos de sair em busca de glicose, lá na Tortaria (extremo oposto da cidade: no núcleo da novela composto por Patys e Maurícios em habitat natural). Bom, mas voltando: na terça estava lotado de homem bonito. E Patys loiras, muitas. Elas sairam do trabalho, foram para casa tomar banho - e banho de base na cara - e se arrumaram propositalmente desarrumadas para caçar. Lotado, sem chances de mesa e nem de espaço para o cotovelo no balcão. Uma taça de vinho após, e o rumo foi o supermercado (é, minha amiga adoro o supermercado para paquerar. Tarde da noite. Confesso que não achei graça alguma). Tá, mas daí que no dia seguinte vou a Venezianos. Na mesma Cidade Baixa. Para homos. Um lugar que fica lo-ta-do. Você entra, com sua roupa de trabalho e as bichas te olham de cima para baixo, com aquele olhar mais maldoso, avaliando o cabelo, o shape e o sapato. Hun, sei. E para perder o costume, mesmo acompanhada de seu amigo gay, você olha para cada homem (na concepção semântica da palavra) que passa. Vários valem a pena. Mas você se lembra que se eles te olham é porque não aprovaram a sua camisa. Você vai ao banheiro e a tampa está levantada. Você não ousa abaixar para não mudar o status quo do lugar. Mas pensa que esse seria o único banheiro da cidade no qual você poderia fazer xixi de pé na night sem problemas. Bom, mas por que fui ao Venezianos? Meu amigo é habitué e me apresentou aos deliciosos risotos da casa. Um dos melhores lugares para se jantar: comida boa, barata, atendimento mais que atencioso e com direito à dona perguntando se estava tudo ok.
terça-feira, agosto 24, 2004
Da sina à redenção
Da sina à redenção
Falaria apenas sobre a mulher que, com certeza, nasceu com a sina de perder um marido (sim, quase uns 30 anos mais velho que ela) e um namorado. O que na linguagem chula seria a conhecida viúva negra. Tétrico. Triste. Mas tenho de falar da redenção. A redenção de quatro nova-iorquinas. Aliás, o último capítulo de Sex and the City tinha de levar esse nome. Acompanho a série pelo DVD. Ou seja, vi o último episódio, mas oficialmente estou apenas na 5ª temporada. Então ficou um vácuo de informações, eventualmente preenchido com informações de sites, jornais (cadernos de TV) e revistas de fofoca. Já sabia do câncer da Samantha, que a Charlotte virava jew e patati patatá. Mas foi legal ver, bem ao sabor dos filmes Mag Ryan (sim, todos são lindos, elegantes até no mais casual dos trajes e todos encontram a cara-metade) o último capítulo. Dá uma esperançazinha, bem Meg Ryan, de que todos temos nossa redenção. Bem como aquela frase (é mais ou menos assim): se ainda não terminou bem é porque não chegou ao fim. Carrie encontrou o amor. Ficou com o gostoso, sexy, narigudo e sobrancelhudo do Big. Samantha descobriu que amar não a impede de ser ninfomaníaca. Miranda se redimiu e viu que demonstrar algum sentimento não a diminuiria na sua condição de mulher-hominho, altamente racional, workaholic. Charlotte viu que podia ser racional: não deu um chilique ao saber que os pais não dariam o baby. Tudo muito meigo, entre manolos blahniks, roupas casuais – de ficar em casa – Ralph Lauren, saias de tule rodadas, saltos altos. Mas sem deixar de lado os pezinhos de galinha. Façam um mini-flashback (diria a Vani): todas apareceram meio envelhecidas. A Charlotte sorriu e as ruguinhas surgiram, tal como a Carrie. A Miranda terminou até numa casa, bem família, mãezona. Não foi um episódio normal. Realmente, não foi. Sem as tiradinhas irônicas e hilárias (piadas internas para mulherzinhas, é verdade), substituídas por eventuais vontadinhas de deixar rolar uma lagriminha. E ainda por cima menos normal porque até o Big ganhou nome: um singelo John.
Falaria apenas sobre a mulher que, com certeza, nasceu com a sina de perder um marido (sim, quase uns 30 anos mais velho que ela) e um namorado. O que na linguagem chula seria a conhecida viúva negra. Tétrico. Triste. Mas tenho de falar da redenção. A redenção de quatro nova-iorquinas. Aliás, o último capítulo de Sex and the City tinha de levar esse nome. Acompanho a série pelo DVD. Ou seja, vi o último episódio, mas oficialmente estou apenas na 5ª temporada. Então ficou um vácuo de informações, eventualmente preenchido com informações de sites, jornais (cadernos de TV) e revistas de fofoca. Já sabia do câncer da Samantha, que a Charlotte virava jew e patati patatá. Mas foi legal ver, bem ao sabor dos filmes Mag Ryan (sim, todos são lindos, elegantes até no mais casual dos trajes e todos encontram a cara-metade) o último capítulo. Dá uma esperançazinha, bem Meg Ryan, de que todos temos nossa redenção. Bem como aquela frase (é mais ou menos assim): se ainda não terminou bem é porque não chegou ao fim. Carrie encontrou o amor. Ficou com o gostoso, sexy, narigudo e sobrancelhudo do Big. Samantha descobriu que amar não a impede de ser ninfomaníaca. Miranda se redimiu e viu que demonstrar algum sentimento não a diminuiria na sua condição de mulher-hominho, altamente racional, workaholic. Charlotte viu que podia ser racional: não deu um chilique ao saber que os pais não dariam o baby. Tudo muito meigo, entre manolos blahniks, roupas casuais – de ficar em casa – Ralph Lauren, saias de tule rodadas, saltos altos. Mas sem deixar de lado os pezinhos de galinha. Façam um mini-flashback (diria a Vani): todas apareceram meio envelhecidas. A Charlotte sorriu e as ruguinhas surgiram, tal como a Carrie. A Miranda terminou até numa casa, bem família, mãezona. Não foi um episódio normal. Realmente, não foi. Sem as tiradinhas irônicas e hilárias (piadas internas para mulherzinhas, é verdade), substituídas por eventuais vontadinhas de deixar rolar uma lagriminha. E ainda por cima menos normal porque até o Big ganhou nome: um singelo John.
terça-feira, agosto 17, 2004
Btw, preciso contar que ter reclamado com o Papa no caso da Arezzo funcionou. Fui com Nei e Dai para Novo Hamburgo: o objetivo era reaver a honra. Outlet da marca: me apresento à gerente, que só falta esticar tapete vermelho. Ela e a Gretchen (é, Gretchen), nossa vendedora. Aliás, todas as vendedoras já sabiam do causo. Bom, em resumo, pudemos adentrar no depósito da loja. Uhhh urticária, com vontade de me jogar sobre os pares. Recebemos nossos singelos chinelinhos de presente. E pude escolher bolsas que ainda não tinham ido para a loja. Prioridade total. E ainda, diz a lenda, que a gerente mandou a talzinha boboca que deu de ombros ir passear enquanto estávamos na loja para não ter um bafón. Is the power. Pode me chamar de Rainha dos SACs.
Terra chamando
Não. Não fui abdusida (é assim que escreve?) por uma nave marciana. É só um recolhimento estratégico, quase budista. Ô fasezinha do cacete. Metade em SP, metade em Porto. I will be back soon. Wait for me. Isso é só um lembrete de que ainda há vida por esses pampas (só para ser um pouco melancólica com meu retorno - huhuhuu).
Não. Não fui abdusida (é assim que escreve?) por uma nave marciana. É só um recolhimento estratégico, quase budista. Ô fasezinha do cacete. Metade em SP, metade em Porto. I will be back soon. Wait for me. Isso é só um lembrete de que ainda há vida por esses pampas (só para ser um pouco melancólica com meu retorno - huhuhuu).
sexta-feira, agosto 06, 2004
Bem feito
Eu sempre disse que ou a minha timidez ou a minha curiosidade me levarão à morte. Ou quem sabe as duas juntas? Logo que vim para cá o Rufatto me passou dois e-mails. Com a Cíntia Moscovitch troquei alguns – li todos os livros e gostei. Com o Fabrício Carpinejar nem tentei – medo, timidez, já pensou ser entrona? Nem-morta-da-silva. Pois bem, tome-lhe, tonta, pébona. Por essas ironias do destino o trabalho nos juntou num e-mail. E tomei coragem – dois anos após (2, eu disse 2 anos). Tsc, tsc. Bem feito pra mim, perdi textos deliciosos no blog do moço, que é uma simpatia. Não perda: textos de inteligência sublime e humor requintado!
Eu sempre disse que ou a minha timidez ou a minha curiosidade me levarão à morte. Ou quem sabe as duas juntas? Logo que vim para cá o Rufatto me passou dois e-mails. Com a Cíntia Moscovitch troquei alguns – li todos os livros e gostei. Com o Fabrício Carpinejar nem tentei – medo, timidez, já pensou ser entrona? Nem-morta-da-silva. Pois bem, tome-lhe, tonta, pébona. Por essas ironias do destino o trabalho nos juntou num e-mail. E tomei coragem – dois anos após (2, eu disse 2 anos). Tsc, tsc. Bem feito pra mim, perdi textos deliciosos no blog do moço, que é uma simpatia. Não perda: textos de inteligência sublime e humor requintado!
quinta-feira, agosto 05, 2004
Meio assim
Sabe quando não dá pra explicar... será falta da boleta, será tristeza pré-partida, ou TPósM? Sabe aqueles dias de chuchu xôxo? To exatamente assim, depois de um fim de semana com um anfitrião mil (que ainda cozinha maravilhas) em Bento Gonçalves. E o pior: deixo meus leitores ávidos por informações sobre a minha pessoa humana. (Pessoa humana é o uó). Bom, o que aconteceu de relevante: dei de cara com o outlet da Arezzo em Novo Hamburgo fechado antes da hora – obviamente se fosse um episódio de Sex and the city, a Carrie teria quebrado o vidro com um bastão de baseball e ainda seria absolvida da prisão. Claro que era essa minha vontade, mas sei que não teria redução da pena. E o pior foi a displicência da mocinha do caixa que, de longe, deu de ombros e disse apenas que como não tinha ninguém na loja, eles fecharam mais cedo. E só, abaixou a cabeça e continuou no fechamento do caixa. Azar o dela. No dia seguinte não sosseguei enquanto não falei com a coordenadora do SAC, a gerente dão outlet e a assessora de imprensa. E ainda ganhei um chinelo (post-it: tenho de buscá-lo). Que mais.... no festão de ontem da Claro e Siemens não teve celular de brinde como as mentes férteis alardearam aos quatro ventos, mas teve Tiago Lacerda (ali, do meu ladinho, porém muito magro pós-dieta) e o deus grego Mário Velloso (se a figura canta eu não sei, mas que é um tesão, é!). E hoje acordei podre (matei a terapia e cheguei tarde na firma), pós-espumante Mumm argentino e muita risada com as amigas bichas no Átrio.
Sabe quando não dá pra explicar... será falta da boleta, será tristeza pré-partida, ou TPósM? Sabe aqueles dias de chuchu xôxo? To exatamente assim, depois de um fim de semana com um anfitrião mil (que ainda cozinha maravilhas) em Bento Gonçalves. E o pior: deixo meus leitores ávidos por informações sobre a minha pessoa humana. (Pessoa humana é o uó). Bom, o que aconteceu de relevante: dei de cara com o outlet da Arezzo em Novo Hamburgo fechado antes da hora – obviamente se fosse um episódio de Sex and the city, a Carrie teria quebrado o vidro com um bastão de baseball e ainda seria absolvida da prisão. Claro que era essa minha vontade, mas sei que não teria redução da pena. E o pior foi a displicência da mocinha do caixa que, de longe, deu de ombros e disse apenas que como não tinha ninguém na loja, eles fecharam mais cedo. E só, abaixou a cabeça e continuou no fechamento do caixa. Azar o dela. No dia seguinte não sosseguei enquanto não falei com a coordenadora do SAC, a gerente dão outlet e a assessora de imprensa. E ainda ganhei um chinelo (post-it: tenho de buscá-lo). Que mais.... no festão de ontem da Claro e Siemens não teve celular de brinde como as mentes férteis alardearam aos quatro ventos, mas teve Tiago Lacerda (ali, do meu ladinho, porém muito magro pós-dieta) e o deus grego Mário Velloso (se a figura canta eu não sei, mas que é um tesão, é!). E hoje acordei podre (matei a terapia e cheguei tarde na firma), pós-espumante Mumm argentino e muita risada com as amigas bichas no Átrio.
segunda-feira, agosto 02, 2004
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